Na manhã desta sexta-feira (14), durante um ato em comemoração ao aniversário de 108 anos do América-RN, ocorreu também a assinatura do termo de tombamento da sede social do América Futebol Clube. Desse modo o imóvel passa também a ser reconhecido como patrimônio histórico, cultural e arquitetônico do Rio Grande do Norte.
No ato, o título foi firmado pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e tem caráter definitivo. Considerado um exemplo da arquitetura modernista brasileira no Nordeste e um dos mais representativos da produção modernista norte-rio-grandense, o prédio foi cenário para encontros históricos da sociedade de Natal.
Projetado por Delfim Amorim, em 1966, a sede social do América-RN já foi conhecida como “Babilônia Rubra”. O termo fazia alusão aos primeiros anos de funcionamento, quando o local recebia a alta sociedade natalense em bailes noturnos e festas carnavalescas.
A governadora Fátima Bezerra destacou a importância para a história, a sociedade e para a arquitetura no Rio Grande do Norte, da sede social do clube. “Fica reconhecida a relevância do ponto de vista social, cultural e arquitetônico, que tem o prédio América Futebol Clube”, reafirmou a governadora em entrevista ao canal do clube.
“Hoje, dia em que comemoramos os 108 anos de fundação do clube, estamos recebendo um presente e a realização de um sonho de muitos anos”, destacou o presidente do Conselho Deliberativo do América-RN, José Nunes. De acordo com o ex-presidente e integrante do conselho do clube, desembargador Eduardo Rocha, se trata do reconhecimento de “um patrimônio que não é só do América, mas de todo o Rio Grande do Norte”.
Sede social do América-RN, a “Babilônia Rubra”
Inaugurada em 14 de julho de 1966, durante a gestão do presidente Humberto Pignataro, a sede do clube fica localizada na Avenida Rodrigues Alves, no bairro do Tirol. Após quase seis décadas de existência, o tombamento reconhece sua importância cultural, histórica e arquitetônica.
A “Babilônia Rubra”, como ficou conhecida nos anos dourados, foi um ponto de encontro da alta sociedade natalense, acolhendo bailes e festividades. A sua construção, que durou de 1960 a 1965, fez com que o clube se licenciasse temporariamente do futebol para se dedicar ao projeto, que custou 9 mil cruzeiros, adquiridos com recursos próprios e doados ao América.
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